segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Três habilidades essenciais de comunicação para uma boa Liderança

Comprovado por estudos da Universidade de Harvard - EUA, 70 a 90% do tempo de trabalho de um líder é dedicado de alguma maneira à comunicação. Um líder passa a maior parte do tempo comunicand0-se, seja por telefone, e-mail, palestra ou em uma reunião. Portanto, para liderar, é preciso comunicar.
Apesar disso, um dos principais motivos de conflito entre líderes e colaboradores é a comunicação, ou a falta dela, o que compromete diretamente o desempenhos dos mesmos. Geralmente isso acontece porque a mensagem entre um e outro não é passada com clareza e assim, não havendo compreensão. Mal-entendidos se originam de briefings vagos, e-mails confusos, feedbacks desastrados ou da dificuldade do líder em ouvir atentamente o que o colaborador tem a lhe dizer, entre outros fatores.
Contudo, entendemos que no mundo corporativo atual, o papel do líder é desenvolver, agregar e influenciar pessoas, aprimorar as habilidades de comunicação, estimular o contato pessoal direto e usufruir de mensagens claras e objetivas.
Seguem abaixo três essenciais habilidades como dicas para torna-se um líder comunicativo:

A habilidade da escuta ativa
Ouvir seu colaborador fazendo mais mil coisas ao mesmo tempo não fará de você um líder comunicativo, para isso acontecer, é preciso escutar ativamente, ouvindo com toda atenção, sem julgamento e com a intenção genuína de entender e compreender a pessoa que fala.
Para começar, evite distrações e interrupções durante conversas importantes: deixe o computador de lado, desvie as chamadas de seu ramal para a secretária e silencie o celular. Essas medidas tão simples permitirão que você fique mais focado na conversa e sinalizarão ao colaborador que você se importa com o que ele tem a dizer. Uma boa dica é fazer pausas com resumos do que o próprio colaborador disser, falando coisas como "Deixa eu ver se entendi... você está me dizendo que..." e pedir para que lhe dê exemplos das situações que estão sendo colocadas.
Essa prática é chamada de espelhamento; ela permite alinhar o dito com o entendido e cria sintonia entre as pessoas que conversam.
Como vemos, o propósito da escuta ativa é entender o que o outro pensa e sente, como age ou o que está acontecendo, não deixando que certas informações fiquem vagas ou abstratas. Agindo dessa maneira, o líder poderá motivar, estimular, aconselhar, direcionar e ajudar melhor seus colaboradores, mantendo a comunicação de via mão-dupla e colhendo seus benefícios.

A habilidade da congruência
É a harmonia entre o que dizemos, demonstramos e fazemos. Um estudo feito por neurolinguistas mostra que, em uma conversa presencial, se dá mais crédito ao que nosso interlocutor transmite pela expressão corporal (55%), depois pelo tom de voz (38%) e, por último, pelas palavras (7%). Sendo assim, quando existe congruência, a comunicação é mais eficaz, pois nossa expressão não-verbal reforça o que dizemos. Porém, quando o não-verbal contradiz nossas palavras, a comunicação não tem o efeito desejado.
Tomando como exemplo um colaborador contando um problema para seu líder, podemos analisar que é perceptível o líder prestando atenção se ele está atento ao que se diz e não emitindo julgamentos, com olhares fixos. Já se o líder se demonstrar inquieto, mexendo em várias coisas ao mesmo tempo, podemos entender que ele não está prestando devida atenção. Isso também provoca consequências negativas no colaborador que provavelmente se sentirá inseguro.
Outra questão a ser abordada é que o discurso deve bater com a prática, ou seja, deve haver simetria entre o que se diz e o que se faz. A partir disso, ficará maia fácil motivar e orientar os colaboradores que terão seu líder de exemplo em suas atividades.

A habilidade da desconstrução
Desconstruir palavras é traduzi-las em ações concretas, de modo que o outro entenda o que temos em mente. O significado de uma palavra é algo que cada pessoa constrói a partir de suas experiências de vida. Se 10 pessoas escreverem uma relação de palavras que associam à palavra “casa”, o resultado será listas completamente diferentes, com ítens que se repetem em várias listas, enquanto outros só aparecem uma vez. Por exemplo, algumas pessoas associam casa a família, outra a hipoteca, outra a alvenaria e assim por diante. Portanto, os significados das palavras variam de pessoa para pessoa, o mesmo ocorre com palavras abstratas como paradigma, sinérgico, sustentabilidade, redirecionar, transparência e outras tantas que circulam no meio corporativo. Esses são exemplos de palavras de muitos significados, que cada um entende à sua maneira, e é das diferenças de significados que surgem muitos problemas de comunicação nas empresas.
Quando o líder diz ao colaborador para ser mais proativo no atendimento a um cliente, ele tem em mente que o colaborador antecipe os problemas que o cliente pode ter e planeje o que irá fazer caso os problemas ocorram, de modo a solucioná-los prontamente. O colaborador, por sua vez, entende que ser proativo é ser rápido e dinâmico, continuado a ser pego de surpresa quando os problemas acontecerem porque não os antecipou, mas tentará resolvê-los da forma mais rápida possível.
Assim, para garantir que o colaborador entenda o que se espera dele, o líder deve desconstruir o significado das palavras, traduzindo-a em ações concretas. A fórmula da desconstrução é dizer ‘o que uma pessoa X faz’ ou ‘X é fazer o quê’, sendo X a palavra que se quer desconstruir. No exemplo acima, a fala do líder ficaria assim: "Você precisa ser mais proativo no atendimento a esse cliente. A pessoa proativa antecipa os problemas que podem acontecer e planeja o que irá fazer caso os problemas ocorram".
Para completar, o chefe pede que o colaborador lhe diga como fará para ser proativo no atendimento àquele cliente, para certificar-se de que a instrução foi bem compreendida.
Conclusão:
Praticando a escuta ativa, a congruência e a desconstrução, o líder poderá experimentar uma sensível melhora na qualidade de sua comunicação.
(baseado no texto e ideias de Regina Gianetti)

Postado por: Karina Zanotto e Giulia Jubelini

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