terça-feira, 1 de novembro de 2011

O hábito de anotar


Algumas pessoas tem um tipo de distúrbio que as fazem ficar com as mãos em constante movimento. Principalmente em reuniões, palestras e aulas. Eu sou uma dessas pessoas.
Eu estou sempre anotando conclusões, frases marcantes, ideias, passo a passo, coisas pra fazer depois, listas, sublinhando trechos de livros, conceitos, dados, além de desenhos irreconhecíveis. Talvez eu nunca releia, mas estão lá riscados em um pedaço de celulose — para sempre. E não adianta, não tem iPad, iPhone ou Evernote que me faça aposentá-los.
Anotar é um hábito, quanto mais você tiver contato com papel e caneta, mais irá fazer. Quando criança, meu passatempo era folhear jornais e revistas criando desenhos adicionais como paisagens, colocar instrumentos nas mãos das pessoas, máscaras e bigodes em seus rostos. Meus livros da escola eram todos rabiscados. Coincidência ou não, fazer anotações se tornou um hábito tão presente na minha vida adulta como checar e-mails.
Os três principais benefícios do hábito de anotar:
  • Você nunca “esquece” nada
  • Escrever qualquer coisa estimula criatividade
  • Alivia a mente, ao anotar, você fica livre para pensar em outras coisas (dica do Asbel)
Alguns podem pensar “mas e o meio-ambiente?”. Acredite, poupar algumas folhas de papel não irá diminuir o desmatamento (100% do papel produzido no Brasil vem de reflorestamento) nem irá derrubar tantas árvores como se pensa (uma árvore produz cerca de 20.000 folhas). O brasileiro está muito abaixo do campeão mundial de consumo de papel (os finlandeses). Então, pegue um bloquinho e rabisque!
Jack London dizia que você não pode ficar parado esperando pela inspiração, tem que ir atrás dela com um tacape. Por outro lado, sabe-se que a criatividade depende de uma coisa chamada incubação, e às vezes é preciso relaxar e ir fazer outra coisa. E nesses momentos, o papel e a caneta são suas únicas armas. Esteja a postos e não deixe escapar por nada nesse mundo.

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