Sr. Coisa

   

“Manda quem pode obedece quem tem Juízo”. Você já deve ter ouvido essa frase ou pelo menos falar nela. Grande parte das empresas ainda é gerida por esse tipo de situação, onde os patrões sempre serão patrões e os empregado sempre serão escravos, ou melhor, dizendo empregados.

Outra frase que também não sai da boca dos gestores: “Ninguém é insubstituível”. Essa é uma versão mais moderna de “manda quem pode obedece quem tem juízo”, talvez tenha sido criada para que não seja tão impactante quanto à primeira. Quero dizer a primeira diz o seguinte: Eu pago você obedece. Já a segunda vai mais suave e diz: Olha se você não fizer o que eu mandei eu vou ter que colocar outra pessoa em seu lugar!

Grande parte ainda trata o funcionário como coisa e não como gente. Nós não substituímos gente, nós substituímos coisas. Coisas são retiradas de um lugar e outras coisas são colocadas no mesmo lugar. Quando uma grande empresa propõe abertura em domingos e feriados e os funcionários votam contra, sempre vem à bronca de gerentes e supervisores de que os funcionários não vestem a camisa da empresa. Mas a empresa deveria presentear a camisa e não forçar que o funcionário compre a camisa.

O que os gestores não sabem, ou sabem e não percebem, ou percebem e não se importam, (e são motivados para isso, pelas necessidades que os trabalhadores têm de se manterem no trabalho para sustento da família) é que, quem faz com que a empresa dele sobreviva, não é sua grande influência e estratégias de mercado e sim a qualidade de atendimento e prestação de serviço que ele oferece, e que depende da motivação de funcionários. Claro que suas tomadas de decisões são imprescindíveis para o sucesso, mas não ter uma equipe motivada se torna em maiores gastos do que em lucro.

Os funcionários querem ser parte da empresa e não se sentir como objeto da empresa. Eles têm maior valor do que os patrões, e não é dinheiro que motiva, dinheiro ajuda, o que os motiva é reconhecimento. Afinal a melhores empresas possuem os melhores funcionários.